quinta-feira, 31 de março de 2011

Dia 17: Uma escultura

Não sou muito ligada em escultura, prefiro pintura. No entanto, este clássico, feito por Rodin, me emociona.
Fico imaginando o que passava na cabeça do autor para criar uma personagem tão polêmica. Em que estaria pensando este pobre homem? Ou não seria tão pobre assim?
Que dor ele vive que lhe deixa tão distante, tão alheio ao mundo?
Enfim, "O Pensador" é minha escultura favorita.

domingo, 27 de março de 2011

Dia 16: Uma música que te faz chorar

How Can I Go on? cantada por Monserrat Cabalet e Freddie Mercury.

Sempre que ouço esta música, alguma coisa acontece comigo.
Não sei se é o ritmo, as vozes, a entonação, a letra. 
Ela mexe comigo. E me emociona.

Veja se com você também é assim.



sábado, 26 de março de 2011

Dia 15: Uma fotomontagem

Dou risada só de ler este item.
Fiquei pensando no que colocar... tenho poucas fotomontagens.
Mas gosto, em especial, desta aqui, em que sou beijada pelo meu lobo e meu vampiro favoritos! :o)


Poderoooosa!


sexta-feira, 25 de março de 2011

Dia 14: Um livro de não-ficção

Quem é que nunca reclamou da vida financeira achando que se tivesse um pouco mais de dinheiro - ou talvez  muito mais - nada seria como é agora?
Impossível, todos nós já nos pegamos imaginando o que faríamos se ganhássemos na Megasenha. Tudo seria resolvido. Problemas? Nunca mais!

Até que a gente lê Por um fio, de Drauzio Varella e percebe que as coisas não são bem assim. O livro traz histórias curtas de pacientes com câncer atendidos pelo médico. E mexe muito com a nossa estrutura. Eu fiquei extremamente abalada com certos casos que nos faz pensar: "a gente não é nada mesmo nesta vida". Dinheiro é bom, claro e ajuda muito. Resolve muita coisa, é verdade. Mas tem momentos em que a gente percebe que ele realmente não é tudo.

A clínica oncológica do Drauzio é num bairro chique - e obviamente seus pacientes são todos ricos. Riquíssimos. No entanto, conhecem uma dor que, felizmente, nunca cheguei perto de constatar e que nem mesmo o dinheiro deles consegue conter. 

Uma das histórias mais interessantes é a de um senhor, que já muito debilitado, ainda queria exercer a função de presidente de sua empresa e tinha um funcionário garoto, office-boy, que todos os dias lhe levava papéis para assinar. Este senhor estava em um quarto muito chique, com degraus, cadeiras de couro, cama king size e tudo mais. Então, quanto o simples office-boy sai de seu quarto e pula os degraus da escada para ir embora, o senhor - que tinha tanta riqueza e de nada lhe adiantava naquele momento - disse ao médico:
- Daria toda a minha história de vida, minha profissão e minhas conquistas apenas para poder dar um salto destes. 
E, claro, ele nunca mais saiu da cama.

Se você tá precisando de um choque de realidade, de um chacoalho moral, leia Por um fio. Faz bem pra alma.

terça-feira, 22 de março de 2011

Dia 13: Um livro de ficção

Já falei aqui que meu livro favorito é Pai & Filho, de Tony Parsons.
Mas, como hoje o tema ainda é livro e a categoria é não-ficção, eu preciso falar da série Crepúsculo.

Eu amo estes livros. Muito. Fui apresentada a eles pela minha cunhada Michele e desde então sou completamente apaixonada pela história da Bella e do Edward.
Já falei também sobre este amor lindo deles aqui. Um romance que não existe mais, que ultrapassa barreiras.
É mera ficção, claro. Mas eu sou apaixonada por eles... 
É para ler e suspirar... ai, ai...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia 12: Um conto

Gosto muito de contos e este, da Clarice Lispector, me chama a atenção em especial. Eu também sinto uma paixão por livros, por isso, entendo a personagem.
Espero que você goste. 


Felicidade clandestina - Clarice Lispector

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.

Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".

Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.

Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.

Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.

Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.

No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.

E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.

Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!

E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.

Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.

Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.

Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.

Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.

domingo, 20 de março de 2011

Dia 11: Uma foto sua recente

Adoro esta foto e ela é bem recente: tiramos agora no Carnaval, quando fizemos a festa para comemorar o aniversário de 4 anos do meu filho. 

Faz tempo que não tiro foto em que estou sozinha. Depois que a gente tem filhos, não tem jeito, a gente deixa de ser uma pessoa só. Quando fui procurar uma foto minha de dez anos atrás, achei várias só minhas. Agora, uma recente, não tenho nenhuma...rs 

Minha linda família e eu. Amo demais.


sábado, 19 de março de 2011

Dia 10: Uma foto sua de mais de 10 anos

Estes dias eu coloquei na minha página no Facebook umas fotos antigonas... Daquelas de matar a saudade, sabe?
Então, responder a esta foi fácil, porque estava com as imagens fresquinhas na memória...

Esta foto tem exatos 10 anos: foi no carnaval de 2001, em Ilhabela. Foi num quiosque na Praia da Feiticeira. Eita época gostosa...



sexta-feira, 18 de março de 2011

Dia 09: Uma foto que você tirou

Esta foto me dá uma preguiiiiça!
Adoro!
Tirei no fim do ano passado, pouco antes do reveillón, para resumir como estavam sendo as minhas férias: o dia todo de pernas pro ar na rede, às vezes lendo, às vezes dormindo, às vezes só descansando pra voltar pra piscina...


A gente devia ter férias de 15 dias a cada um mês. Pelo menos.



quinta-feira, 17 de março de 2011

Dia 08: Uma foto que te deixa triste

Em outubro do ano passado eu senti, pela primeira vez, em 29 anos de vida, a dor de perder uma pessoa querida.

Mais que alguém da família, o Marcelo era uma pessoa muito, muito querida, que realmente alegrava e iluminava aonde passava. Meu filho era seu grande fã, desde sempre. Não podia vê-lo que corria para o seu colo, querendo brincar, porque sabia que ali a farra não tinha fim.

Enfim, após a morte do Marcelo eu comecei a acreditar que Deus realmente quer as pessoas boas ao seu lado. Ver suas fotos me deixa saudosa e triste.

Esta foto, para mim, é muito especial, porque foi tirada no último aniversário do Vini em que ele esteve conosco. E neste dia, ele tinha que trabalhar, mas lembro tão bem dele me dizendo: "Falei pra Géli (esposa dele) que a gente tinha que vir, porque é tão raro estarmos todos juntos, que temos que aproveitar estas festas da família pra gente se ver". 

Dói pra caramba.

(Marcelo, meu filho no colo, sua esposa e seu filho)

quarta-feira, 16 de março de 2011

Dia 07: Uma foto que te faz feliz

Aahhh... são tantas! Podia valer fazer uma grande montagem! :o)

Mas acredito que esta foto represente bem este item. 
Foi no primeiro aniversário do meu filho.
Acho que nunca babamos tanto como naquele dia. É uma emoção muito grande comemorar o primeiro aniversário do seu filho e nós vivemos isso intensamente.

Sempre que lembro da festa, lembro da nossa alegria em comemorar com as pessoas que fazem parte da nossa vida este momento tão importante. 

Esta foto, definitivamente, me faz feliz. 



terça-feira, 15 de março de 2011

Dia 06: Uma experiência inesquecível

Fiquei pensando em experiências inesquecíveis e só o que me veio à cabeça, inicialmente, são as básicas: meu casamento: entrar na igreja vestida de noiva;  o dia do nascimento do meu filho. Mas estas experiências são tão vitais que por si só são inesquecíveis e óbvias.

Então fiquei lembrando de coisas que vivi: minhas formaturas, a primeira vez que andei de avião, o dia em que conheci famosos dos quais eu era ou ainda sou fã, os shows que assisti, o dia em que tirei minha habilitação, quando dirigi sozinha pela primeira vez na estrada, o jogo do São Paulo que eu assisti no Morumbi, meu primeiro trabalho como jornalista, a primeira vez que encarei uma sala de aula etc... E aí eu percebi que isso tudo é muito óbvio também.

Ora… eu não tenho experiência inesquecível! Aquela coisa única sua, que ninguém vai viver igual. Claro que tenho experiências maravilhosas: ver meu filho falando que me ama é uma delas. Mas A MINHA EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL, não tenho.

Triste isso, não? 

Dia 05: Uma citação de alguém

"Ever thine, ever mine, ever ours."

As pessoas conhecem esta frase do filme Sex and the City, porque faz parte dos votos de casamento da Carrie e do Big. No entanto, a história dela vai muito além, porque é original de Beethoven, escritas em uma de suas três cartas ao seu amor secreto.

Adoro esta citação porque ela sintetiza tudo o que sinto pelo meu marido e meu filho. Aliás, não é só uma citação... é a minha próxima tatuagem. 

segunda-feira, 14 de março de 2011

Dia 04: Seu livro favorito

Esta é outra que eu respondo imediatamente: Pai & Filho, de Tony Parsons. Minha edição é da Editora Sextante, não sei se alguma outra o publicou também.

O livro, basicamente, conta a história de um cara (Harry) que, ao fazer 30 anos, entra numa espécie de crise de meia-idade e transa com uma colega do trabalho. Casado com uma mulher linda (Gina) e com um filho de 5 anos (Pat), ele se vê, de repente, separado da mulher. Ela descobre tudo, vai trabalhar e estudar no Japão e deixa o filho para que ele cuide. E é aí começa a história. A história de amor fraterno e superação mais linda do mundo. 

Cada leitura deste livro traz, para mim, uma emoção nova. E acredite, eu já o li muitas, muitas, muitas vezes. 

Todo mundo sabe que eu tenho uma relação delicada com o meu pai, que me abandonou quando eu tinha 3 anos e sempre foi muito ausente. Ler uma história de redenção como esta, de amor, de família, de compaixão, mexeu muito com minha estrutura.

Algumas frases do livro, que, para mim, são perfeitas:

"Gina se lembrava dos aniversários esquecidos de sua infância, o pai sempre mais preocupado com algum relacionamento novo e excitante, as férias prometidas que nunca aconteciam e a mãe dormindo sozinha, envelhecendo sozinha, chorando sozinha. Gina nunca poderia ser indiferente à imagem de uma família comum. Não estava nela. Gina queria um casamento que durasse para sempre porque era exatamente o que os pais dela nunca tiveram."

"Não era só até um de nós se sentir um pouco entediado. Era para sempre - e não só até um de nós resolver que as coisas estavam ficando sem graça no leito conjugal. Não é assim que as coisas funcionam."

"Gina fora embora, mas estava em toda a parte. A casa estava cheia de CDs que eu nunca iria ouvir, livros que eu nunca iria ler e roupas que eu nunca iria usar. Coisas de Gina, que machucavam meu coração toda vez que eu as via. Elas tinham de ir embora. Eu me sentia mal com a ideia de jogar tudo fora, mas, que diabos, a pessoa que vai embora devia levar suas coisas. Suando muito, eu perambulava pela casa removendo o que restava da presença dela. Tudo isso agora era lixo. É espantosa a rapidez com que a gente pode eliminar da casa os traços da vida de uma pessoa. Tanto tempo para colocar nossa marca e tão pouco tempo para varrê-la. Mais tarde, levei algumas horas esvaziado os sacos de lixo e recolocando cuidadosamente as roupas, os CDs, os livros, as gravuras e tudo mais nos exatos lugares de onde eu os tirara. Porque eu sentia falta dela. Sentia uma falta louca. E eu queria que todas as coisas de Gina estivessem exatamente onde ela as havia deixado, prontas e à sua espera no caso de algum dia ela querer voltar para casa."

"A gente precisa de carteira para dirigir um carro. Precisa de licença para ter um cachorro. Mas qualquer um pode colocar um filho no mundo. Afinal de contas, eu pensei, a mãe solteira é o pai que ficou."

"Nós ferramos a nossa vida toda vez e são os nossos filhos que pagam a conta. Nós mudamos para outros relacionamentos, estamos sempre começando de novo, sempre querendo mais uma chance para dar certo, e são as crianças de todos esses casamentos que pagam o preço. Eles carregam feridas que vão durar a vida inteira. E isso tem de acabar."

Enfim, eu sei que temos muitos clássicos da literatura e eu gosto de vários deles, mas nenhum livro que eu já tenha lido se compara ao que este livro faz comigo. Pai & Filho, sempre. 



domingo, 13 de março de 2011

Dia 03: Seu programa de TV favorito

Posso começar a lista? :o)
São muitos, cada um na sua categoria específica... Eu poderia passar o dia aqui só fazendo esta classificação...
Ok, eu sei que este não é o objetivo da brincadeira, então, sejamos sucintos - se é que uma libriana sabe o que é isso.

O melhor programa de TV, para mim, foi, é e sempre será Gilmore Girls
Qualquer pessoa que tenha família, com certeza já se viu em alguma daquelas situações. Difícil assistir a este seriado e não se identificar com todas as personagens. Eu mesma, quando me defino, digo que tenho meus dias de Lorelai, Rory e Emily Gilmore. Porque não dizer que também tenho momentos de trapalhada como a Sookie ou de histeria como a Paris? 

São sete temporadas, ou seja, sete anos na vida destas personagens que nos fazem rir, chorar e torcer por cada decisão que elas tomam. Acabou, é verdade. Mas só na TV. Porque a mensagem de Gilmore Girls é eterna: não importa o que você faça, você sempre volta para sua família.

sábado, 12 de março de 2011

Dia 02: Seu filme preferido

Esta é fácil, fácil: Orgulho e Preconceito, na nova versão, com a Keira Knightley como Lizzie e o gatíssimo Matthew Macfadyen como Mr. Darcy.

Eu já adoro o livro, mas dar vida à estas personagens que eu amo tanto me faz ter este filme como o melhor de todos. Isso porquê trata-se da mais linda história de amor que eu já conheci, um amor puro, real - que não é perfeito - porque o amor de verdade não é perfeito.

As personagens aprendem a se amar e se respeitar pelo que realmente são, aceitando defeitos e virtudes - como deve ser um grande amor.

Enfim, trata-se de um clássico da literatura de língua inglesa que ficou perfeito na telona.






sexta-feira, 11 de março de 2011

Dia 01: Sua música favorita

Uma colega me tuitou: pq vc não faz um memê de um mês no seu blog?
Minha primeira reação foi: ahn? Depois, descobri o que era.
E achei a ideia legal.
Por isso, vou começar.

E no dia 01 o tema é: música favorita.

Difícil é escolher uma, porque cada música desperta uma sensação. Mas tem uma música que sempre que eu escuto, eu PRECISO deixar no último volume: "Na sua estante", da Pitty.

A letra nem se encaixa com nenhuma situação minha, mas o som desta música me faz viajar. A batida é deliciosa, lava a alma.

Experimente cantá-la beeem alto e você verá que sairá renovado da experiência!

Na sua estante


Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar...

terça-feira, 1 de março de 2011

Dizer sim também é difícil

No começo deste ano eu precisei dizer um sim que me doeu na alma.
Fiquei por uma semana remoendo se esta seria a resposta correta a dar e quais seriam as consequências se eu não a dissesse.
Tive dor de estômago, chorei, não dormi bem, fiquei uma mala sem alça.
Tudo porquê eu sou uma pessoa muito indecisa e extremamente passional.

Tive de escolher entre um emprego e outro. Mas, mais do que um mero emprego, era a primeira vez em que eu gostava de ir para o trabalho, em 12 anos de vida profissional. Acordava disposta, feliz. Não era apenas um lugar aonde eu ia trabalhar. Era um lugar onde eu ia ver amigos. Pessoas que me respeitavam, gostavam de mim e demonstravam isso. E eu, apaixonada por todas elas.

No entanto, algumas coisas falavam mais alto. Era necessário pensar com a razão também. Meu filho, motivo de tantas mudanças na minha vida, estava ficando um pouco de lado, já que mais uma vez passava o dia na escola. Nesta nova oportunidade, eu teria mais tempo para ficar com ele. Também teria tempo para uma academia – mesmo que seja uma utopia, mas saber que eu tenho tempo para ela me faz ter coragem para efetuar a matrícula. Enfim, mais tempo pra mim. Pra ficar em casa. Pra dormir. Pra sair. Pra viver.

E, por mais que esta tenha sido a decisão mais difícil que eu tive de tomar nos últimos anos, acabei dizendo sim. Aceitei o novo. Afinal, eu não fui procurá-lo. Se bateu à minha porta, sei lá, talvez é porque era para ser assim.

Juro que nunca imaginei que dizer sim podia doer tanto quanto dizer não. Porque dizer não é bem difícil. Mas este sim foi pior. Eu dizia sim para um e meu coração morria por causa do outro.

Confesso que fiquei mal por umas duas semanas. Repensando minha vida, minha decisão. Cheguei a me arrepender algumas vezes, para lembrar em seguida dos motivos da minha mudança e ver tudo melhor depois.

Mas uma coisa eu preciso dizer: sem o carinho dos meus alunos – os antigos e os atuais – eu não teria conseguido.

Doeu muito ler cada uma das mensagens de despedida que eles me mandaram. Chorei feito bebê lendo algumas delas, imaginando a carinha deles dizendo aquelas coisas. Encontrá-los depois também foi bem difícil. Mas, quando eu dizia o porqê da mudança, perceber que me apoiavam e que continuariam me amando, me fez ter forças. Porque certos laços não se desfazem assim.

Depois, tive o passo-a-passo do conhecimento com meus novos alunos. Cada um deles, com suas particularidades, suas manias. Todo começo é difícil. Para eles e para mim. Mas tudo está fluindo tão bem! Eles me receberam bem. E eu, juro, estou fazendo o melhor que posso para suprir todas as necessidades.

Quando decidi ser professora eu escolhi que não seria apenas mais uma. Eu decidi que faria a diferença, que traria alguma coisa à vida dos meus alunos. Eu sou mãe. Eu sei o que eu quero pro meu filho quando eu o mando à escola. E é exatamente desta forma que eu trato meus alunos.

Amor e confiança são coisas que a gente conquista. E é pra sempre.