terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Eu quero romance!

A melhor história de amor que eu já ouvi falar é a de Mr. Darcy e Lizzie Bennet, em Orgulho e Preconceito. É o livro/filme mais lindo e romântico que já vi e que não acontece nenhum beijo. Porque beijo nem sempre é romance, beijo nem sempre é amor. O amor se traduz em outras formas e a Jane Austen soube usar e abusar disso. O casal consegue nos apresentar o amor em sua essência mais pura, tirando todos os disfarces, todas as aparências, todo o tesão e a necessidade do sexo. Eles vivem o amor em sua forma única e nos provam que cenas “calientes”, noites ardentes e beijos roubados nem sempre formam o que chamamos de romance.

Avançando no tempo, temos a saga “Crepúsculo” que, dadas suas proporções, nos mostram a mesma coisa. Bella e Edward se amam intensamente e vivem um delicioso romance mesmo que seus beijos sejam comedidos e que as noites de amor não existam. E é impossível não sentir necessidade de paixão em sua vida depois de ver estas cenas.

Eu quero romance! Falta romance hoje em dia. Falta romance nos relacionamentos. Falta romance nos encontros, nos beijos, nas datas comemorativas.

Eu quero olhos que dizem “não vivo sem você”. Quero abraços que demonstrem que uma vida depende da outra. Quero que a simples presença preencha todos os vazios.

Estamos vivendo uma época em que se beijam tantos em uma mesma balada, em que se faz sexo dançando funk, em que se dizem eu te amo mais do que dizem “bom dia”. E eu me pergunto: aonde foi parar o romance? Cadê as cartas de amor, os beijos sonhados, o arrepio da expectativa?

Eu amo o meu marido, que fique bem claro. Amo a vida que temos juntos, nossos beijos, nosso toque. Mas, com o dia-a-dia, é claro que falta romance. E olhando ao meu redor, fica nítido que isso é um “sintoma do século”. Estamos todos no mesmo barco nesta modernidade de relacionamentos.

Quanto mais eu vejo o amor retratado no cinema e nos livros, mais me dá a certeza: eu quero romance! Todos nós precisamos de um Edward ou um Mr. Darcy em nossas vidas.

Mesmo que por algumas horas. Porque a vida só tem graça assim: com romance.